segunda-feira, 16 de março de 2015

SM Santa Matilde Conversível 87

 ·         Cor: Azul
·         Direção: Hidráulica
·         Único dono: Não
·         Transmissão: Manual
·         Combustível: Gasolina
·         Portas: 2
·         Kilômetros: 65000
·         Marca: Santa Matilde
·         Modelo: SM
·         Ano: 1987
·         Versão: conversivel
Exterior
·         Capota Marítima
Conforto
·         Ar condicionado
·         Bancos em couro
·         Retrovisores elétricos
·         Trava elétrica central
·         Vidros elétricos
Motor
·         Motor: 4.1 












segunda-feira, 2 de março de 2015

Santa Matilde conversível

Santa Matilde - foi um automóvel fabricado no Brasil.
Em 1975 o governo brasileiro proibiu a importação de automóveis e suas peças. Isto era um sinal de problemas para quem possuía um veículo importado, pois afetaria diretamente a aquisição de peças para a manutenção.
Neste grupo de pessoas estava o Dr Humberto Pimentel que possuía um Porsche Targa 911S e a futura falta de peças já o preocupava bastante. Em meados da década de 1970, o Dr Humberto resolveu comprar um carro esporte nacional. Sua escolha foi pelo melhor carro esporte nacional da época, o Puma GTB. Não se sabe ao certo o que levou o Dr Humberto a criar seu próprio automóvel. As duas versões mais conhecidas são de que, após analisar o Puma GTB, ele haveria sugerido algumas mudanças no carro visando uma melhora no que dizia respeito à estrutura, segurança, estabilidade. A resposta teria sido negativa e isto lhe impulsionou a pensar num carro esporte que chegasse ao seu nível exigências.
Outros relatos falam em uma fila de espera muito grande para adquirir o GTB e que isto teria sido o real motivo.
Independente de qual esteja certa, o que importa é que foi o início do automóvel SM. O primeiro passo foi criar o projeto do carro e uma equipe começa a ser montada para isto. Para chefiar esta equipe o nome escolhido foi o do engenheiro Milton Peixoto. Dentre os outros profissionais chamados temos o pintor Cici e os soldadores Antonio Alves e João da Silva. João aparece em uma das fotos soldando o protótipo. Nesta fase, em dezembro de 1975, entra para a fábrica Antonio Manuel Penafort Pinto Queirós, conhecido pelos membros do SMClube[1] como "Antonio projetista" e que possui o seu 79 até hoje totalmente original.
Sob a batuta do Dr Humberto, nasce o projeto do SM, sendo assinado por sua filha Ana Lídia. Segundo declarado pelo próprio Dr Humberto, foram colhidas idéias de vários automóveis da época, não tendo servido de base para o SM um único automóvel.
O próximo passo a ser definido seria qual a mecânica usar. A escolhida foi a do Alfa Romeo, mas a fábrica negou a concessão para o uso. A opção então foi usar a mecânica 6 cilindros Chevrolet Opala. Para a criação do protótipo o nome escolhido foi o de Renato Peixoto. Peixoto era muito conhecido no meio automobilístico por ter trabalhado em diversos projetos de automóveis de corrida, como o Casari A2, o qual pilotou nas 1000 milhas do Autódromo de Interlagos de 1970. Pois bem, estavam unidas "a fome e vontade de comer" e a criação do SM iria começar. A equipe para produção do protótipo foi montada usando uma parte da mão de obra da própria fábrica, pintores, lanterneiros e outros, contratando também mão de obra externa. Tudo era desenvolvido em cima de um graminho de aço (ferramenta bastante antiga). Para o cargo de designer foi chamado um funcionário da área agrícola da fábrica, Flávio Monnerat.
O chassis foi desenvolvido pelo próprio Peixoto a partir das longarinas do Opala. Longarinas são vigas de secção variável montadas longitudinalmente que proporcionam rigidez estrutural ao chassis.